Um dos fatos fiáveis da
pesquisa do Data M, divulgado pela TV Record, na noite de segunda-feira (03), é
a rejeição de Roseana Sarney e consequentemente do seu candidato a governador
Luís Fernando, que chega ao patamar do INTOLERÁVEL em termos de possibilidades
de vitória. Nada menos do que 67,5% dos entrevistados não votariam no candidato
de Roseana a governador do Maranhão. A segunda maior rejeição é de Eiziane Gama
com 17,3% e Flávio tem uma rejeição de 10%. Repito, perceba a diferença: um com
quase 70% de rejeição e o outro com apenas 10%.
Isso significa dizer que se nenhum
candidato crescer nas pesquisas e somente Luís Fernando o fizer, ele atingiria
seu teto de possibilidade com aproximadamente 30%. Nesse sentido, o teto de
Flávio Dino é de 90%, haja vista que a sua rejeição não passa de 10%.
Num cenário desse, de improváveis
mudanças, só resta o território do Judiciário para uma intervenção a favor de
uma conspiração contra Flávio Dino. Não sou o primeiro e nem serei o último a
falar isso. Eric John Ernest Hobsbawm, o historiador marxista
inglês, verificou a participação crescente do judiciário, independentemente do
mérito, em decisões de alto teor eminentemente político no Brasil e no mundo.
Foram os
tribunais da Florida e a Suprema Corte quem deram a vitória a George W Bush Jr
sobre o democrata Al Gore, em 2000. O recente julgamento da Ação Penal 470,
alardeada pela mídia conservadora de ‘mensalão’ e a própria cassação do então
governador do Maranhão Jackson Lago, via poder Judiciário são também exemplos
viços desta contestação de Hobsbawm.
O Judiciário, quando manipulado
politicamente, age de acordo com os seus tutores. Isso ainda ocorre apesar de
um ciclo, no Maranhão, está em plena prostação, em estado de abatimento
extremo, tanto psíquico como ideológico
Portanto, assim como a monarquia,
que resistiu na Inglaterra e na Espanha, no Maranhão a oligarquia de 50 anos
poderá demorar mais tempo do que se pensa para a sua total finitude, caso não
tomemos cuidados com o seu esvaecimento definitivo, tal a sua complexidade e
enraizamento em várias esferas da república.
Até agora temos pontuados mais
pelos erros dos adversários do que por nossos acertos. Isso não deixa de ser
atinente. O Azo da nossa glória deverá advir das nossas assertivas, pecando mais
por excesso do que por contenção de zelo e iniciativa.
A eleição de Roberto Rocha para o
Senado, não é menos importante
Outro fato fiável da pesquisa Data
M é a consolidação da candidatura única a senador das oposições. Roberto Rocha
praticamente se consolida na corrida para o senado, pois a soma dele e de Dutra
alcança mais do que o dobro de Roseana Sarney para o Senado, acompanhando
tecnicamente o candidato a governador Flávio Dino.
Por isso, que historicamente à eleição
do governador é paralela à eleição do senador do mesmo grupo.
Por último, as oposições deverão
entender que há apenas um turno para senador. Portanto, só cabe uma candidatura
das oposições nestas eleições de 2014. E um senador é de suma importância para
a governabilidade de qualquer governo e para a vivacidade do próprio conceito
de emponderamento , que é a conquista da condição e da capacidade de
participação do poder de um coletivo.
O “establishment” das oposições
deverá ser resiliente e insone, fazendo dessa caminhada eleitoral um processo
permanente de SUPERação e jamais cochilar, para não permitir o cachimbo cair.
Em política temos que atingir a
excelência, assim como na medicina, senão o paciente morre. O Maranhão, como
paciente, tem pressa. Precisamos espargir aos quatro quantos visíveis e aos
demais não aparentes, as gotas da mesma esperança que nos faz movimentar.
Por Eri Castro
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